domingo, 16 de novembro de 2008

Recife, Pernambuco - Movimento Pró Criança, 13 de novembro














Recife é surpreendentemente linda. Peguei um táxi com um motorista, Alexandre, acostumado a acompanhar equipes de vídeo pelas histórias de Pernambuco. Foi me contando “causos” enquanto íamos até os projetos, a começar pelos tubarões, uma constante no litoral da cidade !
A Instituição Movimento Pró Criança é sem fins lucrativos, fundada em julho de 93. Marisa Cruz, assistente social e responsável pelo projeto, me recebeu um pouco surpresa, pois só me esperava no dia seguinte. Encontrei uma instituição organizada, bem ampla e arejada. Tem três prédios e uma enorme área a ser utilizada pelo projeto, caso seja contemplada. Presenciei atividades de artes, cursos técnicos, reforço de matemática utilizando tangran, futebol, badminton (um tênis combinado com vôlei e peteca). Contam com salas amplas, incluindo biblioteca e sala de vídeo. Têm um espaço para terceira idade, onde mulheres da comunidade e avós de alunos aprendem a produzir artesanato, também focadas no mercado, resultado de parceria com o Senac.
No início do “tour fotográfico”, um homem de aproximadamente 50 anos fazia uma palestra contra drogas para uma platéia de adolescentes atenta. Foi traficante e viu a mulher ser assassinada na sua frente. Mostrava pros meninos as marcas do corpo enquanto chefe quadrilhas em 4 comunidades da cidade dando um depoimento impressionante afim de evitar o mesmo caminho para as crianças.
Eles procuram promover a profissionalização dos alunos com atividades focadas no mercado de trabalho. Já tem ex-aluno com encomendas feitas por empresas, como xícaras, embalagens silkadas entre outros produtos.
No refeitório são servidas 4 refeições diárias para todos os alunos, contando com apenas uma merendeira, Ana Paula. As crianças usam talheres de metal ao invés de plástico.
O projeto pretende atender 100 crianças e adolescentes, entre 7 e 16 anos, que moram na comunidade, fortalecendo as atividades esportivas, atividades complementares e implantação de reeducação alimentar.
Incrível como o judô desenvolve o respeito entre eles. O professor veio de outra unidade da instituição (são três). Saí para fazer algumas tomadas do entorno da área onde o projeto está inserido. O esgoto corre a céu aberto. Marisa disse que muitos moradores contam com o lixo para catar reciclados e vender.
É uma comunidade carente e há muita violência. Segundo Marisa, o esforço conjunto entre os coordenadores, em qualquer projeto que aconteça, é que faz a diferença e viabiliza a integração com a comunidade.




























































































































































Um comentário:

Unknown disse...

Estamos na torcida, valeu Sandra pelos clicks com emoção.
Um abraço
Marisa Cruz